Hospitais e unidades de saúde estão enfrentando dificuldades no abastecimento de insumos essenciais e na operação de suas instalações
Anna Alves,
Breno Campos e
Bruna Medeiros
Fonte:oantagonista.com.br
Em: 06/05/2024
O estado do Rio Grande do Sul enfrentou uma crise de saúde após ser vítima da maior tragédia ambiental de sua história. Com pelo menos 364 municípios afetados, hospitais e unidades de saúde estão enfrentando dificuldades no abastecimento de insumos essenciais e na operação de suas instalações.
Segundo reportagem do Estadão, hospitais de campanha foram implantados para suprir uma demanda emergencial desde domingo, 5 de setembro. No entanto, muitas regiões ainda permanecem isoladas e de difícil acesso, especialmente no interior e na região metropolitana de Porto Alegre. Essa situação foi suspensa à suspensão de cirurgias, consultas e procedimentos eletivos em grande parte das redes públicas e privadas.
Rede de saúde de Canoas é a mais afetada
Canoas, terceira maior cidade do estado e localizada na região metropolitana politana, foi uma das mais afetadas. O prefeito Jairo Jorge (PSD) relatou que o Hospital de Pronto-Socorro, três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), três farmácias municipais, quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e 19 dos 27 postos de saúde foram danificados pelas enchentes e estão inoperantes.
Canoas, terceira maior cidade do estado e localizada na região metropolitana politana, foi uma das mais afetadas. O prefeito Jairo Jorge (PSD) relatou que o Hospital de Pronto-Socorro, três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), três farmácias municipais, quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e 19 dos 27 postos de saúde foram danificados pelas enchentes e estão inoperantes.
O secretário estadual da Saúde esteve em Brasília, buscando auxílio para os municípios atingidos. Somente com a ajuda da Força Nacional do SUS, o secretário conseguiu retornar ao estado junto com cerca de 20 profissionais de saúde que irão atender de forma móvel por meio do uso de aeronaves.
Os municípios afetados enfrentam dificuldades para enviar pacientes para hospitais regionais devido a acessos difíceis e bloqueios nas estradas. Essa situação é ainda mais preocupante considerando que a região metropolitana é uma referência para grande parte do estado e está repleta de bairros, ilhas e hospitais evacuados após as inundações.
Medidas emergenciais
O Cosems-Rio Grande do Sul, em ofício enviado ao Governo do Estado, listou algumas das demandas mais urgentes. O documento solicita medidas emergenciais para enfrentar a situação causada por chuvas extremas, vendavais, enchentes e profundidades. Entre as principais demandas está a falta de energia, internet e telefonia, o que impede o acesso de algumas prefeituras a recursos e insumos governamentais urgentes. Além disso, é necessário garantir o atendimento de pacientes que realizam hemodiálise, quimioterapia e radioterapia.
O conselho também pede o envio de geradores para as unidades de saúde, o destino de mais kits de medicamentos e insumos e a realização de um levantamento da estrutura das unidades de saúde. Além disso, pleiteia o aumento do teleatendimento, incluindo profissionais de saúde mental.
Saúde em Porto Alegre
Na cidade de Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Saúde informou que houve sinalização de estoque insuficiente de oxigênio. No entanto, novas remessas de cilindros foram entregues. A secretaria também apontou a necessidade de repasse urgente de insumos e equipamentos essenciais para garantir a continuidade dos atendimentos.
De acordo com a massa, pelo menos 15 hospitais e prontos-socorros indicaram baixo estoque ou desabastecimento nos últimos dias, afetando itens como respiradores mecânicos, fraldas, sondas, seringas, agulhas, esparadrapos, cateteres e outros materiais. Além disso, há escassez de produtos para limpeza e alimentos para dietas especiais.
Capital do Rio Grande do Sul após chuvas intensas Imagem: oantagonista.com.br |
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